"The greatest change we need to make is from consumption to production, even if on a small scale, in our own gardens. If only 10% of us do this, there is enough for everyone. Hence the futility of revolutionaries who have no gardens, who depend on the very system they attack, and who produce words and bullets, not food and shelter." - Bill Mollison

"All the problems of the world can be solved in a garden." - Geoff Lawton

Diário de Bordo

Plano aproximado de uma malva-rosa em flor

Este foi um dos muitos tesouros que o Sr. M. nos deixou. Tinha-as semeado no ano passado. Lembro-me que conversou comigo sobre o assunto, mas infelizmente não me recordo bem do que me disse. Pergunto-me se ele saberia a bela surpresa guardada naquelas sementes ou se teria ficado tão agradavelmente surpreendido quanto eu.

Enquanto as via crescer, andei sempre muito intrigada com aquelas plantas de folhas grandes, de um verde caqui, muito aveludadas e que na primavera começaram a formar uns belos botões… Não sabia o que esperar dali, porque daquela conversa não consegui sequer reter se eram flores, legumes ou frutos. Estava confiante que poderia sempre perguntar ao Sr. M. , mal sabia eu que em breve lhe diríamos adeus…

Sempre adorei flores e, tanto eu como o César, somos apaixonados pela Natureza. Por isso, quando casámos há quase quinze anos, decidimos vir viver para a Serra e para uma casa com quintal, sonhando que um dia os nossos filhos poderiam usufruir o mais possível desse contacto com este belo mundo verde. Apesar desta paixão, ambos somos absurdamente ignorantes nesta área! Com uma parte significativa das nossas vidas dedicadas aos livros e aos computadores, há tanto que tem ficado para trás…por exemplo, nem sequer conhecíamos o nome da maior parte das plantas que povoam o nosso quintal. Umas compradas, outras oferecidas, têm vivido aqui mesmo ao nosso lado como completas desconhecidas!

Porque conhecer o nome de uma planta é uma grande ajuda para aprender mais sobre ela, há cerca de dois anos resolvi mudar isso e, com a preciosa ajuda da Internet e de algumas conversas com a vizinhança, tenho vindo a tentar identificá-las uma por uma. Já estão várias identificadas. É uma tarefa que exige bastante persistência e determinação, mas tem sido muito compensadora. Entretanto, aliciámos o Maxi-Puto com a sua veia científica a se responsabilizar por ir identificando também os insetos do quintal e posteriormente tentaremos abordar as daninhas. Iremos documentando aqui os resultados destes trabalhos.

Para começar essa partilha, aqui está a Alcea rosea, popularmente conhecida como Malva-rosa, Alcea, Altéia, Malva-da-índia, Malva-real ou Malvaísco. Numa bela manhã logo no início deste mês, surpreendeu-me com estas flores maravilhosas! Fiquei boquiaberta! Já tinha tentado identificá-la sem sucesso via pesquisas do Google, mas agora com a flor tinha melhores hipóteses… Fotografei-a, coloquei a foto no identificador de imagens do Google e comecei uma longa pesquisa, até que finalmente, lá dei com o nome. Uma descoberta fundamental para aprender que se quiser tentar perpetuá-la no quintal, terei de recolher a semente e semeá-la todos os anos, para poder continuar a usufruir da sua beleza inspiradora. Não é linda?

Grande plano de uma flor de malva-rosa

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